A minha folia

Os meus carnavais têm sido cada vez mais diferentes. Eu nunca fui muito festeira, mas nos dois últimos anos surgiu uma imensa necessidade de, em meio a um período que propicia a folia, me interiorizar.

Desta vez, um pouco diferente. Fiquei em casa, sozinha, agora moro sozinha e esse já é o primeiro motivo que comemorar. O segundo pode ser o fato de estar de volta aqui, escrevendo. Mas o maior motivo, o que antecede todos esse, eu preciso confessar que é o centramento de saber onde me colocar.

Tenho me percebido cada vez mais madura para perceber o que me faz bem e o que eu quero fazer de verdade. Sem me deixar influenciar pelo que os outros acham legal e estão fazendo. E sem me deixar influenciar pelo que os outros não acham legal e não estão fazendo. Não sou nem do pró e nem do contra. Sou eu mesma vivendo a minha verdade a cada momento.

E neste carnaval o meu desejo foi de estar comigo mesma de um jeito diferente. Não do jeito que estou acostumada a chegar em casa no fim do dia e aproveitar as últimas horas sozinha, e nem do jeito de passar os fins de semana planejando o que fazer. Mas aproveitar um feriado que emenda um fim de semana (isso dá muitos dias!) pra ficar comigo. Pra fazer as coisas num horário inusitado, pra gravar vídeos divertidos numa hora qualquer, pra assistir um filme no meio do dia, mas, especialmente, para acalmar a mente e me permitir sentir o meu ser.

Com tranquilidade, com inocência, como estou fazendo agora ao escrever este post. Foram dias deliciosos me percebendo, me escutando, me acolhendo, me amando. Foi uma verdadeira folia! Estive o tempo todo vestida de mim mesma e pulei escutando o som da liberdade de poder escolher onde estar e o que fazer. Não há errado ou certo, há apenas o que o meu coração deseja. E ter a consciência dessa percepção já faz desse o melhor carnaval.

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